quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Escritores da Liberdade e Outros Poemas * Admilson Poeta Magnata / Angola

Escritores da Liberdade
 e Outros Poemas 
Admilson Poeta Magnata
Luanda / Angola


Escritores  da Liberdade


Libertadores de mentes perdidas,
Nas casas pintadas de ignorâncias,
Escrevem os capítulos peculiares
Da humanidade que
Precisa ser humana.

Criam esperança no coração
Da sociedade que não
Quer deixar de ser socialista,
E nem viver fora da lista dos humanos
Que estão livres para pensar.

Os escritores da liberdade
Lutam pelos seus ideais,
Que não andam de mãos dadas com as ideias desta juventude,
As vezes demente,
Por não ter na mente semente
para semear
o conhecimento na terra.

Lutam por um futuro melhor,
Como um novo sol
Ou nova lua.

Vivem o presente,
E não aceitam abraçar o passado,
Para que não acabem
Na  galeria do esquecimento.
Suas lágrimas são
Vassouras limpando
A mente de quem
Não quer mudar
Os conceitos sobre a vida.

Eles têm o poder
De ser  livre ,
Levantar a bandeira da sabedoria,
Pintada com as cores do conhecimento,
Adquiridas na  academia da vida,
As cores desta
Bandeira chamam- se
Liberdade de expressão.

Os escritores da liberdade
Não vivem oprimidos.
Não abraçam o drama,
Pra não caírem na lama
Da saudade.
Não vivem na sombra da falácia.


Não sou Deficiente


Sou crucificado na cruz da ignorância
Pintam-me com pincel da melancolia
E expõem-no na galeria do sofrimento
Por me julgarem diferente.

Fazem das minhas lágrimas o sumo do dia
Afogam meus sonhos
E no mar do esquecimento
Beijam os meus pensamentos
Na penumbra da solidão.

Não me julguem diferente
Também posso fazer o que fazem
Não ter uma perna
Não me impede de sonhar vossos sonhos.

Minha vaidade anda ferida na rua da amargura
Por favor não  crucifique
Não oprimam meus versos
Também clamam liberdade
Minha inspiração é divina
Não a roubei de ninguém
Por favor não apontem-me o dedo
Não sou diferente de vós.

Minhas opiniões são marginalizadas
Meu contexto é desprezado
Meus poemas são agredidos
Será que não existe direitos humanos?

Dizem que não sou pessoa
Por ser diferente
E que por ser diferente
Julgam-me ser de outro mundo
Deficiente somos todos
Então desnudam-se de críticas vazias
Por eu ser deficiente.



O Tempo Mente

Vivo com medo
Será que estou preso
Nesta dor que não tem cor
Ninguém querer  enxugar
As minha lágrimas
Então vou regar
As flor da minha alma
Um dia vou voltar.

Choro feito louco
Luto contra o tempo
Para poder ver- te outra vez
Ao meu lado

Cada lágrimas que vida tras
Ainda há espaço para sorrir
A esperança voa
A dor não passa ao lado
Eu procuro melhorar
A minha vida com a saudade
Dos teus olhos
Será que vai passar ?

Será que ainda  há
Esperança
No meu coração
Já morri várias
Será que devo morre outra
Mas uma morte não me mata
Porque  já  estou morto

Vou chorar
Para não sofrer
Será que ela vai querer
Voltar ou vai fechar
A porta do seu coração?

O tempo mente
Por isso é que fique
Perdido no tempo
Agora estou aqui
Na rua das minhas lágrimas
Quando dor chegar
Estarei bem longe
Da terra da felicidade



Meditar...

Não  quero mágoa ninguém
Apenas quero abraçar
Felicidade perdida
No tempo esquecido.

Vou meditar
No mar da dor
Para esquecer
O amor
Que foi- se embora.

Vou caminhar
Devagarinho para
Chegar aterra da dor.

Não vou me suicidar
Apenas quero tira de mim
Esta maldita dor
Que não me deixa dormi.

Quero despertar
Deste pesadelo
Que abraça
Os meus sonhos pesados
Nas noite de pesadelo
Sem cor .

Hoje vou erguendo
A bandeira
Da dor sem hino
Com lágrimas nós olhos.
Será que um dia
Voltarei a sorri!.



Trabalho





Hoje irei à busca do amor meu
Além do horizonte que se esconde
Hei-de encontra-lá no róssio
A minha flor
Que carrega alma no rosto.
Hoje mesmo à Buscarei,
Rescindi o contrato de espera
Que me exila para as redondezas da solitária da cama.
Ela guarda dentro de si a felicidade que em mim fugiu
É por ela que trilho caminhos inóspitos,
Entre beijos bêbedos de amor.
Dela farei minha zinga bandi.
Em mim
O desespero agora é um vulto
Levado pelo vinho branco da solidão.
Eternamente com ela quero ficar!


DADOS DO AUTOR

Admilson Paulo António Faria

É poeta e compositor
Nasceu no
Dia 04 Março de 1997
E quarto de (6) irmãos
Filho de Mateus Paulo Faria Pedro e de Maria Leonor Manuel Antonio Faria
Residente em Luanda município de Viana bairro vila nova
é membro do movimento Lev’ Arte sector Viana onde foi  responsável das Actividades
Membro e fundador da Academia Mundial de Cultura e Literatura ( AMCL)
Onde é  um dos coordenadores dos pais africanos
Trabalha na livraria mulemba como promotor de vendas
Foi  colaborador do espaço lêr e cultura da rádio Viana
É colaboradore da revista  Eis FLUÊNCIAS

Participações
Sarau poético
Diário de um apaixonado
Anjo Libertino
participou de dois  concursos
Concurso de poesia internacional Cogito 2017- Brasil
Concurso Internacional Poesias De Arvores - Portugal
Festival África Português- Brasil
Caderno De Poesia África Português

Participou também no  Oitavo aniversário da revista Litera livre - Brasil
Tem seus poemas nos Livros
Além da Luz Uma Vida As Escura
da escritora brasileira- Brasil
Liisa   Lane
E o livro Duetos Poético
De Jonnata Herinque

Já participou nas revistas
OMNIRA  (Brasil)
Revista  Kamba ( Angola)
Revista Arte Solta
Onde ele é idealizador
E fundador da mesma Revista Arte Soltas
Revista Ochilongo (Angola)
Revista Literá Livre (Brasil) .
Revista
Portuguesa eis FLUÊNCIAS,..(Portuga­l)
Revista Inverso ( Brasil )

Antologia Poética Internacional Cogito vol. III
Antologia "LOGOS" DA FÉNIX
Antologia Mundo dos Sonhadores
Frase Aforismo e Poesia, (Brasil)
Antologia Amcl Academia Mundial de Cultura e, Literatura

Antologia Coisas das Mães ( Brasil)
Antologia Afroesia Universal ( Brasil)
Antologia Mundo Das Poesia ( Brasil )
Antologia Virtual CEN ( Brasil )
Antologia Internacional
As Mais Lindas Poesias De Amor ( Brasil )
IV ANTOLOGIA MULHERES PELA PAZ LOGOS 2018
Antologia Reduto Dos Poetas

Admilson Faria Poeta Magnata 
E-mail: admilsonfariapoetamagnata755@gmail.com
***

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Autorretrato e Outros Poemas * Anna Liz - MA

AUTORRETRATO E OUTROS POEMAS # ANNA LIZ - MA














AUTORRETRATO II


tenho este rosto desfigurado
este sorriso pálido, amargo
este olhar perdido, vago
tenho estas mãos enrugadas
estes braços lânguidos 
estas pernas flácidas
e  estes pés rachados.

sou bicho abandonado
cansado
esmagado
diluindo-se ao sabor do tempo
agarro-me (como quem desiste)
 a um fio solto de vida...


TENHO SIDO


tenho sido uma grande ferida 
que os dedos insistem em inflamar.

tenho me segurado em arame farpado
descansado em sebe de espinho.

certamente, não tenho sido mulher
tenho sido coisa subjugada, descartada.

tenho servido de chacotas, de escárnio e
de maldizer. a estupidez é meu reflexo

no fogo sem fumaça.

DE LUA

teus olhos
são duas meias luas
e a espada de Jorge
queimando o tempo, o tédio
e a espera vaga 
nesta noite miserável e fria...
a lua é tua boca acesa em direção
a minha víscera sentimental. 


O VERSO


não faço verso de modismo
tampouco para a alta casta
meu verso nasce povo
derrama o azeite do babaçu
e as águas do Apuá. 

meu verso é um cofo
de devaneios
é a cesta da vó Neném
levando beiju e 
esperança
é o cabelo branco
debaixo do torço
que conta histórias de Trancoso
é a calçada de redondilha
cantada na boca
da meninada

não faço verso de ricas imagens
pouco conheço 
da teoria literária
meu verso nasce desajeitado
só que ele
nasce com alma.

REALIDADE BUKOWSKIANA

é noite e
o quarto está escuro
como escura estou
olho o espelho na escuridão
shot de tequila
seios flácidos
face envelhecida...
penso na luta
e no amor não vivido
(preciso rir de mim)
a escuridão é uma realidade necessária
tanta coisa já me aconteceu na escuridão
ainda que houvesse sol
o sol é a sanidade
que já não me resta
ando cansada e
mutilada
pela mão de um amor
(in)acessível
não há bondade entre semelhantes
tampouco entre os diferentes
há misérias
e suicídios...
deito-me.
conseguirei dormir?

A PROSA MAIS TRISTE

Hoje,
         eu queria escrever 
         a prosa mais triste de minha vida. 
         Queria dizer 
         que o dia está cinza e opaco 
                  e o meu coração vazio. 
          Queria dizer 
          que nada em minha volta faz sentido;  
          nada tem razão de ser nem de estar.

Hoje,
        eu queria dizer 
        que a noite é um imenso véu escuro:
foram-se as estrelas, 
a lua e todos os astros luminosos e iluminados e... 
em mim: 
                 vácuo.

Hoje,
         eu queria esquecer 
         todos os poemas que compus para ti, 
         queria te dizer
         que esta é a última vez 
         que escrevo pensando em ti.

Mas... 
Hoje, 
como todos os dias de minha vida, 
me vêm 
             (de um só golpe)
todas as boas lembranças 
e um desejo imensurável de (re)vivência...



SOBRE PERDER 


em um momento de fragilidade
nos damos conta das perdas.
mas, por toda a vida perdemos,
desde a hora em que nascemos. 
até quando ganhamos, perdemos. 
pois para ganhar há de se perder.
e eu só não perdi o teu sorriso,
porque o guardo como tesouro 
na minha memória falha.


QUANDO 


Quando eu não mais existir
tudo continuará existindo
o céu, o mar, as montanhas.
igualmente esta manhã de primavera,
choverá e as flores brotarão
o sol nascerá por detrás
das palmeiras e fará 
seu caminho com o mesmo brilho...

quando eu for apenas cinza e pó
outras mulheres te amarão
talvez não tanto quanto eu te amei
e haverá festa no teu olhar
e contemplarás o mar de mãos 
dadas e peito acelerado
como se eu nunca tivesse existido...



SONHO DE PEDRA


tenho sonhos de pedras
e a casa vazia
deitei mais com quem não amei
e quem amei de verdade
raras vezes acordou comigo
não há riso em minha face
os beijos amargam-me na boca
a tinta de minha poesia
é o sangue da ferida
aberta em meu peito
esperei por Ella a vida toda
e perdi tudo; menos os medos
a rua está deserta
a porta está aberta
bastava que ela me chamasse
para que eu partisse. 


ENTRE NÓS

Entre nós
o córrego, mas
também a ponte
estendi-lhe a mão,
convidei-a para a 
T R A V E S S I A
calou!
recuou!
e montanhas
oceanos
abismos...
tudo que se-pa-ra
interpôs-se ENTRE NÓS

ANNA LIZ - MA
Anna Liz Ribeiro  - ana.elizandra@gmail.com
***